O juiz da 4ª Vara Criminal de João Pessoa, José Guedes Cavalcanti Neto, atendendo a um pedido do Ministério Público/GAECO, que investiga as irregularidades cometidas na Instituição Padre Zé, tornou indisponíveis, durante despacho realizado nesta segunda-feira (18), os bens do Padre Egídio de Carvalho Neto, ex-diretor da instituição e que se encontra preso, na ordem de R$ 140 milhões.
Neste mesmo ato, o juiz também tornou indisponíveis os bens da ex-tesoureira da instituição, Amanda Duarte Silva Dantas, e da ex-administradora, Jannyne Dantas Miranda, que também estão sob prisão preventiva.
A prisão foi decretada desde o último dia 17 de novembro na segunda fase da Operação Indignus, deflagrada pelo GAECO.
A Operação Indignus identificou mais de trinta atos (em tese) ilícitos cometidos pelo grupo criminoso liderado pelo Padre e as averiguações iniciais já trazem à tona indícios de irregularidades desde o início da gestão dele no ano de 2013 até os tempos atuais, evidenciando um crescimento patrimonial desproporcional durante sua administração.
De acordo com o que está levantado até o momento pelos órgãos de investigação, e sem prejuízo do contraditório e da ampla defesa constitucional, as condutas imputadas aos investigados Egídio de Carvalho Neto, Jannyne Dantas Miranda e Silva e Amanda Duarte Silva Dantas seriam, em tese, prática teórica de lavagem ou ocultação de bens ou valores, peculato e falsificação de documentos públicos e privados, bem como organização criminosa.